Por Georgia Kirilov

Festivais são experiências musicais que estão passando por um boom absurdo ao redor do mundo. Cada um decide comercializar seus palcos da sua maneira, alguns fazem partes de grandes corporações e outros são independentes. Temos desde o Form Arcosanti organizado pela banda Hundred Waters, passando pelo Glastonbury que é organizado pela família Eaves desde o seu começo quase 50 anos atrás, até a Tomorrowland que fazia parte da ID&T até esta ser comprada pela SFX Entertainment. Independente de como o festival decide se organizar, é sempre de grande interesse das gravadoras independentes estarem envolvidas com a produção do evento para promover seus artistas – ou seja, festivais mais do que uma experiência para o público se tornaram uma verdadeira faceta do lado business da e-music.

Mais perto de casa, tivemos a Tribaltech agora que contou com a presença de diferentes coletivos de Curitiba e outras cidades, dando oportunidade para artistas locais estarem envolvidos no festival que atrai milhares de pessoas. Em uma escala maior temos a Tomorrowland que convida DJs específicos para fazerem a curadoria de alguns palcos como Carl Cox, Solomun com a Diynamic e o palco da Cocoon do Sven Vath – entre outros. Na grande maioria desses stages o networking tem posição predominante na combinação do mesmo com o talento de quem está no line up. A curadoria é coerente, tanto no som, quanto nas relações.

Ao mesmo tempo é muito interessante entregar um palco nas mãos de uma gravadora pelo aspecto artístico e não só pelo business. Um palco significa um dia inteiro de line up, com a oportunidade de criar uma narrativa sonora para o o público realmente compreender o que é a proposta dessa label e dos artistas que a compõe. Em conjunto, em b2bs, em lives, em um formato completo. Requer uma certa pesquisa entender a identidade sonora de uma gravadora para quem não acompanha a jornada da mesma de maneira minuciosa. Um dia de música conduzida ali como uma experiência real e coletiva é, de fato, a melhor maneira de mostrar todos os lados do prisma musical que é um label.

Force on the dance floor! 

Share this Post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *