Historicamente a Nin92wo preza por um relacionamento próximo e somatório com os artistas locais. Diversos nomes de Goiânia e região já exerceram papel de protagonismo em nosso catálogo e sempre que ocorre uma descoberta, sentimos que há muito sentido em todo trabalho que está sendo feito por aqui.

O jovem Laerte Marçal aka Marcal é mais um talentoso nome a embarcar nessa extraordinária jornada junto conosco. Seu debut por aqui aconteceu há cerca de 3 meses, com o lançamento da faixa Void em free download. O segundo ato da parceria entra em voga essa semana, com o release de Singular, seu novo EP composto por 3 faixas originais. No embalo do release, Marcal respondeu nossas 9Questions:

1 – Olá, tudo bem? Obrigado por nos atender. Marcal, quando a música passou a ser mais que um simples hobby na sua vida?

Olá, pessoal! Tudo ótimo, eu que agradeço o contato! A música passou a ser mais que um simples hobby pra mim logo após alguns acontecimentos não muito felizes na minha vida que ocorreram cerca de 2 anos atrás e que me fizeram amadurecer bastante tanto como artista e como pessoa – os quais prefiro deixar pra contar numa próxima oportunidade.

Mas, de uma forma geral, comecei a levar a música mais a sério quando percebi que ela sempre esteve presente em todos os momentos da minha vida, sejam esses momentos marcantes, difíceis ou prazerosos e que eu poderia traduzir os sentimentos vividos nesses momentos em música, na minha própria música e consequentemente levar isso as pessoas.

2 – Quando está em ação no dance floor, quais são os principais sentimentos que você busca transmitir para o público?

Liberdade, empatia, êxtase e introspecção.

3 – Como funciona seu processo criativo atualmente?

Não tenho um processo criativo padrão, porém, recentemente tenho criado minhas faixas começando pelo design do kickdrum e sua correlação com o bassline, a qual levo algumas horas saturando, comprimindo e adicionando camadas de samples, tudo isso até chegar a um kick e a um bass (quando não é apenas um kick com uma cauda longa) que eu os considere adequados. De resto, gosto de fazer o groove da bateria e adicionar uma ambiência tonal que na maioria das vezes está na mesma tonalidade da escala em que a faixa será produzida. A partir daí, começo a brincar com riffs e melodias com synths até chegar na idéia que quero.

Vale lembrar que isso tudo só funciona quando entro no estúdio com vontade real de produzir, toda vez que tento começar algo de forma forçada o resultado costuma ser falho [risos].

4 – Quais são as principais habilidades em comum entre um bom DJ e produtor?

A principal habilidade ao meu ver é ter visão e sensibilidade, ou seja, saber se colocar como um ouvinte que escuta sua música em casa e um ouvinte que está no ambiente e clima da pista de dança.

Ter consciência do que funcionará na pista em determinado momento de um set e ao mesmo tempo ter o mesmo tipo de visão para tentar saber como uma faixa que você está produzindo no estúdio será recebida por alguém na pista de dança ao ser tocada por você ou algum outro DJ.

Além disso, técnica e “coragem” são essenciais. Coragem que eu digo é apostar no novo, sair do óbvio, se arriscar e não ter medo de errar. Acredito que é isso que destaca um bom DJ e produtor.

5 – Quem são suas grandes referências, dentro e fora da música eletrônica?

São muitas [risos]! Richie Hawtin, Dave Clarke, Ben Klock, UMEK, Dixon, Sasha, John Digweed, Rødhåd, Oscar Mulero, Four Tet, Floating Points, Moderat, Helena Hauff, Daft Punk, Depeche Mode, Pet Shop Boys, The Prodigy, Hot Chip e outros.

6 – O que uma pista precisa ter para se tornar especial?

Estar aberta a propostas que saem do comum e tentar se conectar com o artista e sua arte.

7 – Fale um pouco sobre seus planos para 2019:

Levar meu trabalho e minha música pelo Brasil e pelo mundo seja por gigs ou por minhas produções. Devo confessar que tenho como objetivo pessoal conseguir lançar faixas em selos internacionais notórios e receber suportes de artistas que admiro. Também penso em criar um coletivo aqui em Goiânia com amigos próximos que são entusiastas do som que acredito, mas esse plano ainda é só uma ideia e não é minha prioridade.

8 – Como foi seu primeiro contato com a Nin92wo?

Acredito que meu primeiro contato foi por meados de 2013 através de um grupo de música eletrônica de Goiânia no Facebook. Lá escutei lançamentos, conheci amigos e festas assinadas por nossa amada e grandiosa Nin92wo.

9 – Como você definiria Singular em apenas uma palavra?

Energia

A MÚSICA CONECTA.

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