O processo de montagem de um live costuma ser complicado em todos os aspectos, além de problemas de Hardware e Software existe o fator humano, o que podemos controlar e como isso vai soar. Vamos por partes:

O início de tudo foi escolher uma máquina forte que aguente as nossas ideias. É terrível querer fazer algo e não conseguir por conta de processamento, então usamos um MacBook Pro Retina com processador i5 de 2,7 Ghz. Os modelos retina ainda contam com duas entradas USB 3.0 e duas thunderbolt.

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Apesar de estar usando o Ableton Live 10 há alguns meses, o live do Binaryh ainda esta na versão 9 do Software, pois ainda temos receio de usar o Live 10 Beta por conta de possíveis bugs. Porém, em alguns testes ele se mostrou bem estável e leve.

Tudo que está no Ableton Live é controlado pelo Push 2, que eu arrisco dizer ser o melhor controller que já usamos. Quando criamos o projeto no Ableton Live pensamos em colocar coisas que não teríamos em máquinas e como conseguiríamos dividir isso em duas pessoas.

Portanto temos Kicks e Bass em clipes de áudio no Ableton Live e a parte de bateria e percussão está no Toraiz SP-16 da Pioneer DJ. Testamos diversas máquinas de bateria de diversas marcas, mas o Toraiz SP-16 nos surpreendeu. Basicamente ele é um sampler standalone que conta com a assinatura do Dave Smith, ou seja ele tem o filtro Dave Smith com uma saturação incrível, mixer interno com comandos touchscreen e 8 saídas independentes. O som que sai dele é incrível.

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Nosso Main Synth também é da linha Toraiz, o AS-1 da Pioneer DJ baseado no Dave Smith Prophet 6. Ele foi a grande surpresa do nosso Live, pois quando ligamos para testá-lo não tivemos que regular absolutamente nada. Simplesmente desenhamos o MIDI no Ableton Live, chamamos o preset via Program Change e pronto: ele toca timbres monofônicos fantásticos e sem nenhuma latência.

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Com esses equipamentos já conseguíamos executar nossas músicas porém faltava algo. A mixagem entre uma música e outra ainda estava muito crua e não queríamos usar o filtro nativo do Ableton Live, pois no Push 2 teríamos que entrar em alguns menus para chegar a esse filtro e isso atrapalharia a execução do Live.

Então buscamos o RMX 1000 da Pioneer DJ que além de contar com um filtro fantástico podemos encontrar também todos os efeitos que temos nos mixers da marca e alguns a mais sendo, um deles muito importante. Ele tem um stop onde podemos controlar a sua duração e esse efeito se sobrepõe a música. Ou seja, em caso de algo perder o Sync nós podemos dar um stop de 1 Bar, dar Stop no Live e voltar sem que esse processo seja percebido – já usamos isso ao vivo e dá certo! [risos]

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Por último mas não menos importante, nosso setup também conta com o Lauch Control da Novation, um controlador MIDI pequeno com Knobs e Pads. Ele fica entre nós dois na mesa, atua diretamente com efeitos do Ableton Live e ambos podemos utilizá-lo ao mesmo tempo. Nele temos efeitos de pitch, arpegiadores, noises, controles de delay. Ele está sempre mudando, não tem funções pré definidas.

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Quando chegamos a esse sistema demos o nome de Binaryh Fragmentes 1.0

Conseguimos transformar os Fragmentos em música e o mais legal é que ele soa como nossas músicas, porém diferente a cada apresentação que realizamos. Esses equipamentos nos deram segurança, não temos problemas de sync e nenhum tipo de incompatibilidade, mas é claro que queremos mais. A ideia é que esse live seja mutante para que possamos cada vez mais mostrar de diferentes maneiras o que fazemos em estúdio.  Vale lembrar que esse mês nos encontramos em Goiânia para Shadow e para o nosso workshop junto ao time da Nin92wo!

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